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Corre entre os russos a seguinte novela.
O czar (imperador) caiu gravemente enfermo. Não encontrando remédio, disse:
— Darei a metade de meu reino a quem me curar. Reuniram-se então todos os sábios para uma consulta cujo tema era:
— Como havemos de curar o imperador?
Depois de muito discutirem, disse um:
— Procurai um homem feliz, tirai-lhe a camisa e levai-a ao czar e, vestindo-a, ele sarará.
Mensageiros percorriam todo o império à procura do homem feliz, mas não o encontravam, porque: um era rico, mas sempre doente; outro era são, mas pobre;
Este são e rico, mas sem filhos; aqueles são, rico e com filhos, mas atribulado; todos, enfim, tinham do que lamentar-se.
Um dia, o filho do czar aproximou-se à noitinha de uma cabana, parou e ouviu que dentro um homem falava assim:
— Graças a Deus, trabalhei, comi e vou para a cama contente de ter cumprido o meu dever. Nada me falta, sou feliz…
O filho do czar não cabia em si de contente, pois encontrara afinal o homem feliz e estava disposto a dar-lhe quanto dinheiro quisesse pela camisa, que levaria ¡mediatamente ao czar, seu pai.
Bateu à porta, entrou pôs-se diante do homem feliz para comprar-lhe a cobiçada camisa, mas… Que é que viu?
O homem feliz não possuía nem uma camisa!
Bem-aventurados os pobres.
Comentários:
Esta estória mostra bem como a felicidade relativa que se pode ter aqui na terra não se encontra nos bens terrenos (prestígio, poder, riqueza, gozos, saúde física, etc.)
Mas consiste na percepção dos desígnios de Deus a respeito da gente e em saber tirar bom proveito daquilo que se tem para realizá-los do modo mais perfeito.
Somente assim se consegue aquela quota de felicidade terrena acessível a cada um de nós, com vista à felicidade plena na vida eterna.
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Fonte: “Tesouro de exemplos” – Pe. Francisco Alves.
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2 respostas
Já faço parte do apostolado. Abraços
Realmente a felicidade não está no que temos e sim do que somos e acreditamos .