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Quando me dirigia a qualquer lugar, não buscava nenhum fim terreno, mas unicamente a glória de Deus e a salvação das pessoas.
Para incutir isso no povo, me servia desta comparação que me soava um argumento convincente:
Vocês sabem, dizia, que a maioria dos homens age por algum destes fins:
Dinheiro, glória ou prazer.
Ora, nada disso aqui me traz. Tampouco me atrai.
Dinheiro: não recebo um centavo de ninguém. Nada levarei.
Que prazer posso ter em me cansar o dia inteiro, de manhã à noite? Movido talvez pela fama? Não. Só Deus sabe quanto chovem as calúnias!
Não trabalho por fins terrenos, mas por um fim mais nobre:
Tornar Deus conhecido, amado e servido… Ao mesmo tempo quero evitar os pecados, as ofensas feitas a Deus…
Que filho ficaria indiferente ante aos insultos e ofensas a seu pai?
Eu vos defenderei, meu Deus, mesmo que me custe a vida! Sois meu Pai!
Ademais, não posso descansar-me vendo tantas pessoas se perderem. Direi como o Apóstolo Paulo:
“Ai de mim se não pregar o Evangelho”!
Meus irmãos, a graça é mais forte que a natureza.
Se o amor de uma mãe a faz suportar tudo para livrar um filho do seu perigo, muito mais fez em mim a graça do Senhor.
O amor de Cristo me instiga, me empurra, me faz correr de um povoado a outro, de cidade em cidade.
Tenho de gritar:
Pecador, meu filho! Pára! Para trás! Não caias no abismo!
Outro motivo que me impele a gritar, a pregar, a confessar é o desejo que tenho de fazer os
outros felizes!
Além deste amor pelos pobres pecadores;
Outra forma que me move a trabalhar pela salvação dos meus irmãos é o estimulante exemplo dos profetas;
De Jesus Cristo, dos Apóstolos, dos santos e santas cujas vidas tenho lido com frequência, anotado os episódios mais interessantes, para meu proveito, estímulo e inspiração.
O que mais me empolgou no serviço missionário foi o estilo de Jesus.
Sua felicidade em se deslocar de uma cidade para outra, de um povoado a outro, até a uma mulher, na Samaria, para convertê-la para Deus;
E torná-la uma pregadora da Palavra entre os seus conterrâneos.
Depois o jeito de ensinar.
Aquelas parábolas, comparações, histórias que inventava em um estilo simples!
Eu me propus imitá-lo nas comparações, no estilo popular…
Outra coisa que muito me entusiasmou foi a leitura dos Atos dos Apóstolos;
Com a narrativa de que eles fizeram e com que sacrifício, quantas perseguições, mas quanto amor!
Nada, porém, como o zelo do apóstolo Paulo!
É sem medida a minha admiração, o meu entusiasmo diante de sua disposição em tudo fazer por Jesus Cristo!
Suas caminhadas, viagens perigosas, desconfortos e risco sem conta, nada o impedia de pregar, de levar a Palavra, tentar convencer a todos da Verdade de Jesus na sua divindade!
Ele escreve, prega, ensina discute nas sinagogas, nos cárceres, nas praças, em todo lugar.
Sofre perseguições, prisões, açoites e apedrejamentos, calúnias e até traições.
Não se assusta, nem se amofina.
Pelo contrário, quanto mais contratempo mais força, maior determinação.
Comprazia-se nas tribulações a ponto de dizer não desejar gloriar-se a não ser na Cruz de Jesus Cristo.
Outro tipo de leitura que muito me animava, consolava e me deixava inquieto, era sobre a vida e a obra dos santos padres.
Deles eu bebia tão sábios ensinamentos, zelo pela doutrina da Igreja e defesa da fé.
No entanto, havia uma leitura que me impressionava de um jeito diferente.
Era a leitura da vida de mulheres santas.
Diante de tantos exemplos edificantes, tanta fortaleza, força espiritual, como Santa Teresa D’Ávila, Santa Catarina de Sena, Santa Maria Madalena de Pazzi, Santa Rosa de Lima e muitas outras.
Tanto as admirava que relembrando fatos de suas vidas, dizia comigo:
“Se elas puderam realizar tantas coisas, por que não devo imitá-las e empenhar-me por fazer mais, sendo eu sacerdote, embora indigno?”.
Por isso gostava de pregar retiros às monjas, fazer pregações, a fim de que recomendassem a Deus em suas orações e preces.
Certa feita, ao agradecer a um grupo de religiosas as orações e a boa acolhida no retiro, disse-lhes em tom de gracejo:
Continuem rezando por mim, dividiremos os méritos.
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Fonte: Autobiografia de Santo Antônio Maria Claret.
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2 respostas
UM BOM DIA A TODOS MEUS IRMÃOS EM CRISTO, A PAZ ESTEJA COM TODOS VOCES NESTE DOMINGO.
SANTO ANTONIO CLARET, um grande SACERDOTE da igreja católica. Um Padre que buscava a conversão dos fieis. Um homem justo nas palavras de DEUS. Sua sabedoria atraia a todos os fieis para a casa de DEUS.
Um SANTO DE DEUS, que buscava sempre a palavra de DEUS com grande amor e só pensando na salvação do povo de DEUS onde ele pregava com todo amor e gloria ao nosso SENHOR JESUS CRISTO.
QUERO DESEJAR UM BOM DOMINGO A TODOS MEUS IRMÃOS EM CRISTO, NA CASA DO SENHOR. .
SEU IRMÃOS .
GIL
Que belo exemplo de pregador,Como precisamos dessas leituras para nosso bem espiritual.