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Pai Putativo de Jesus Cristo e Esposo de Maria, não há santo mais poderoso no Céu que S. José para nos valer e proteger em todas as necessidades.
O santíssimo José nos pode ver e valer em todos os negócios e necessidades, é a opinião de Santo Tomás de Aquino.
Invocamos aos santos, diz S. Francisco de Sales, para algumas necessidades particulares, como se as graças e os dons dos milagres fossem divididos por cada um, em proporções limitadas.
S. José, porém, tem o remédio geral para todas as necessidades do corpo e da alma no crédito que possui junto de Nosso Senhor (1).
Santa Teresa e Santo Afonso dizem o mesmo.
Aos outros santos recorremos em uma ou outra de nossas necessidades.
O poder de S. José, porém, se estende a todas, não tem limites (2).
E a Igreja o confirma na oração e oficio de S. José, em 19 de março:
“Ut quod possibiliatas nostra non obtinet, ejus nobis intercessione donetur”.
O que não pode alcançar e nossa fraqueza, obtenha-nos a sua intercessão.
De S. José, como de Maria, escreveu o P. V. Mercier(3), se pode dizer que é a Omnipotentia supplex, a onipotência suplicante.
A intercessão de S. José junto de Deus e de Maria, demonstra o grande Gerson (4), é a de um Pai e Esposo sempre obedecido.
Com que segurança e com que autoridade não pede ele pelos seus devotos!
O poder de S. José é imenso.
Para o demonstrar S. Bernardino de Sena assim fala:
Não podemos duvidar que Jesus Cristo conserva sempre no Céu para com S. José a ternura e respeito que lhe testemunhou outrora na terra, isto é, ternura e respeito de filho.
Bem longe de ser diminuída, esta piedade filial vai crescendo sempre.
“Notem-se, acrescenta Santo Afonso, as palavras:
Ternura e respeito;
Elas significam que este Soberano Senhor que se dignou de venerar a S. José cá no mundo como a seu Pai, não lhe nega coisa alguma daquilo que ele lhe pede(5)”.
A experiência faz dizer a Santa Teresa:
“Conhecendo por longa experiência o admirável poder que S. José goza junto de Deus, quisera persuadir a todo mundo a honrá-lo com uma devoção particular.
Notei sempre que progrediam na virtude pessoas que lhe tinham verdadeira devoção.
Contento-me com pedir, por amor de Deus, àqueles que não quiserem acreditar em mim, que façam disto experiência”.
A história do outro José do Egito e o poder de vice-rei que lhe deu o Faraó é já lugar comum na comparação:
De todos os autores Josefinos, para demonstrar o poder de S. José junto de Deus.
A Igreja chama ao santo Patriarca:
Ministrum salutis… certa spes vitae columenque mundi:
Ministro de nossa salvação… segura esperança da vida e sustentáculo do mundo.
Seria impossível citar quantos Doutores, santos, e autorizados teólogos escreveram sobre o
poder de S. José.
Todos são unânimes em confirmar esta verdade mil vezes provada pela experiência: tudo se alcança pela intercessão, pela onipotência suplicante de S. José.
E delicadamente concluiu Padre Sauvé no seu “Saint Joseph intime”:
S. José possui uma caridade capaz de amar a Deus com um amor, paternal e abraçar com o mesmo paternal amor a Igreja e cada um de nós;E isto com a irresistível influência que tão grande amor lhe dá.
Oh!
Vamos a S. José com tanto mais confiança quanto sabemos que nossa oração há de ser atendida pelo maior e mais poderoso dos advogados junto de Deus, depois de Maria.
José e Maria são a omnipotentia supplex: a onipotência suplicante.
Notas:
(1) S. François Salles, Oeuvres — XIX
(2) Santo Afonso — Visitas. Santa Teresa— Vida.
(3) Saint Joseph — VI pars — 364.
(4) Sermo de Nativitate Mariae — Cons. 3
(5) Santo Afonso 17ª visita a S. José
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Fonte: Livro “São José” de Mons. Ascânio Brandão.
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