São Jerônimo, em referência a esta santa, escreve:
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“Todos os povos são unânimes em louvar Santa Inês, porque vencendo a fraqueza da idade e o tirano, coroou a virgindade com a morte do martírio”.
De modo semelhante se exprimem Santo Ambrósio e Santo Agostinho.
Com Maria Santíssima e Santa Tecla, Santa Inês é invocada para obter-se a virtude da pureza.
Inês nasceu em Roma, descendente da nobre e poderosa família Cláudia e desde pequena foi educada pelos pais na fé cristã.
Cresceu virtuosa e logo que soube avaliar a excelência da pureza virginal ofereceu-a a Deus num santo voto.
A riqueza, formosura e nobre origem de Inês fizeram com que diversos jovens de famílias importantes de Roma a pedissem em casamento.
A todos Inês respondia que seu coração já pertencia a um esposo invisível a olhos humanos.
Às declarações de amizade e afeto dos pretendentes seguiu-se a denúncia, que arrastou a donzela ao tribunal, para defender-se contra a acusação de ser cristã.
A maneira que o juiz a tratou para conseguir que abandonasse a religião obedeceu ao programa costumeiro em tais ocasiões: elogios, desculpas, galanteios e promessas.
Experimentada a ineficácia destes recursos, entravam em cena imposições, ameaças, insultos, brutalidades.
O juiz fez Inês saborear todos os recursos da força inquisitorial da justiça romana.
Arrastada com brutalidade ao lugar onde se achavam imagens de deuses e intimada a queimar incenso;
A donzela levantou as mãos puríssimas ao céu, para fazer o sinal da cruz.
No auge do furor, vendo baldados todos os esforços, o juiz teve uma inspiração diabólica:
Condenou-a a ser exposta nua num prostíbulo no Circo Agnolo (hoje Praça Navona, onde se ergue a Basílica de Santa Inês in Agone).
Diz a história que, introduzida no local da desonra, uma luz celestial a protegeu e ninguém ousou aproximar-se dela.
Seus cabelos cresceram maravilhosamente cobrindo seu corpo.
Ao ser defendida por um anjo guardião, um dos seus lascivos pretendentes caiu morto.
Os companheiros, tomados por um grande pavor, tiraram o corpo do infeliz e levaram-no para outro lugar.
Mas a santa, apiedada, orou a Deus e o ressuscitou.
Temeroso, o Prefeito Simprônio passou o caso ao seu cruel substituto, Aspásio.
Após novo interrogatório, a menina foi condenada a morrer queimada.
As chamas também não a tocaram, voltando-se contra seus algozes e matando muitos deles.
Foi por fim decapitada, a mando do vice-prefeito de Roma, Aspásio.
O juiz, profundamente humilhado com esta inesperada vitória da Santa, deu ordem para que fosse decapitada.
O algoz tinha recebido ordem para antes de executar a sentença de morte convidar Inês para prestar obediência à intimação do juiz.
Feito pela última vez, Inês com firmeza o rejeitou.
Ajoelhando-se, inclinou a cabeça, ao que parecia para prestar a Deus a última adoração aqui na terra, quando a espada do algoz lhe deu o golpe de morte.
Santa Inês completou o martírio aos 21 de janeiro de 304 ou 305, tendo apenas a idade de
13 anos.
Seus pais sepultaram seu corpo num terreno próximo da Via Nomentana;
Onde a princesa Constantina, filha do imperador Constantino;
Mandou erguer a majestosa Basílica de Santa Inês Fora dos Muros, palco de grandes milagres por intermédio da santa virgem.
A história conta que oito dias depois da morte, Inês apareceu em grande glória aos pais que rezavam em seu túmulo;
Segurando um cordeirinho branco e cercada de muitas virgens e anjos, e anunciou-lhes sua grande felicidade no céu.
Santa Inês é padroeira das Filhas de Maria, por causa da sua pureza angélica.
Os jardineiros também a veneram como padroeira, por ser o modelo perfeito da pureza como Maria Santíssima, que é chamada “hortus conclusus”, horto fechado.
É padroeira dos noivos, por ter-se chamado esposa de Cristo.
Do nome Inês há duas interpretações, a grega e a latina. Inês em grego é Hagne, isto é, pura; em latim, Agna significa cordeirinho.
Santo Agostinho admitia as duas interpretações:
“Inês, diz ele, significa em latim um cordeirinho e em grego a pura”.
No dia da festa desta Santa, na sua igreja em Roma são apresentados e bentos cordeirinhos de cuja lã são confeccionados os “palliums” dos Arcebispos.
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Fonte: Heroínas da Cristandade
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