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Nosso Senhor, em aparição a Santa Margarida Maria Alacoque;
Uma religiosa visitandina que vivia em Paray-le-Monial, no século XVII, fez doze promessas à humanidade.
A décima segunda promessa, conhecida como “a grande promessa”, diz o seguinte:
“Eu prometo, na excessiva misericórdia do meu Coração;
Que meu amor onipotente concederá a todos os que comungarem durante nove primeiras-sextas feiras do mês seguidas;
A graça da penitência final;
Não hão de morrer em pecado e sem receber os sacramentos, servindo-lhes meu Coração de asilo seguro naquele último momento.”
Pode-se confiar nessa prática devocional para alcançar a salvação?
Qual o fundamento para crer nessa promessa?
É claro que, tratando-se de uma revelação privada, essa devoção não pertence ao depósito da fé e não tem o caráter de obrigatoriedade.
No entanto, o fato de o Magistério da Igreja ter aprovado repetidas vezes essa revelação torna-a digna de fé e confiança por parte dos fiéis.
Além disso, uma ligeira investigação teológica nas Sagradas Escrituras;
Demonstra que a promessa de Nosso Senhor a Santa Margarida está em perfeita sintonia com o que Ele diz, por exemplo, no Evangelho de São João:
“Todos aqueles que o Pai me dá, virão a mim.
E eu nunca rejeitarei aquele que vem a mim (…).
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. (…)
Quem come deste pão viverá para sempre.”
Há uma ligação entre a Eucaristia e a vida eterna.
E não se pode dizer que isso é, em si, supersticioso, pois não se trata de uma realidade natural;
Sobre a qual se poderia supor algum efeito mágico;
É, antes, um sacramento da Igreja, em relação ao qual o próprio Deus estabelece uma promessa.
No entanto, adverte a Igreja;
“Atribuir só à materialidade das orações ou aos sinais sacramentais a respectiva eficácia;
Independentemente das disposições interiores que exigem, é cair na superstição”.
Para evitar que tão bela promessa seja tratada de modo supersticioso;
É importante que se comungue em estado de graça e que se confie na misericórdia divina, que é o conteúdo da devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
A graça da perseverança final, embora não possa ser merecida, é ladeada por esses sinais.
Portanto, a prática das nove primeiras sextas-feiras do mês não é uma mágica;
Mas uma realidade pedagógica, para que os fiéis se habituem a viver em estado de graça;
Crescendo na devoção eucarística e na confiança na misericórdia de Deus.
Só assim, rezando humilde e confiantemente ao Sagrado Coração de Jesus, a alma pode alcançar a graça da penitência final.
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Fonte: padrepauloricardo.org
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