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Para realizar a Encarnação do Seu Filho, Deus escolheu o lugar correto. Nazaré, uma terra considerada abandonada por Vós, onde “não havia saído nenhum profeta”(Jo. 7,52).

Para conceder a salvação dos homens, Ele escolhe insignificante e desprezado pelos homens.

Sem contar que neste momento, trouxe a muitos a devoção a Nossa Senhora.

O dia 25 de março foi escolhido para a comemoração do anúncio do nascimento do Salvador.

Nove meses antes do Natal de Jesus, 25 de dezembro.

Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.

O anjo, então, disse-lhe:

“Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus.Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.

Maria perguntou ao anjo:

“Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?”

O anjo respondeu:

“O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus.
Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível”.

Maria, então, disse:

“Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.

Celebramos hoje a solenidade da Anunciação do Senhor.

Muitos santos comentam que a Igreja deve propor uma meditação neste dia. Já que foi nessa data que Deus tornou Maria digna da Mãe do Salvador.

O “sim” que mudou a história da humanidade! Portanto, Maria demonstrou ser a Nossa Salvadora.

É justamente esse abismo de humildade, de total esquecimento de si, que atrai o olhar daquele que é poderoso e cujo nome é santo (cf. Lc 1, 49)

O Senhor olhou para a humildade de Maria, sua escrava, e quis fazer nela a sua morada, assumindo dela a carne com que iria nos salvar.

Foi na mais humilde das mulheres que o Filho de Deus se humilhou ao extremo, esvaziou-se a si mesmo e fez-se homem como nós.

São Luís Grignion de Montfort

Em seu célebre Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, afirma que:

“Esta devoção foi inspirada pelo Espírito Santo. Para honrar e imitar a dependência em que Deus Filho quis estar de Maria, para glória de Deus seu Pai, e para nossa salvação.

Dependência esta que transparece particularmente neste mistério em que Jesus Cristo se torna cativo e escravo no seio de Maria Santíssima, aí dependendo d’Ela em tudo.

Para agradecer a Deus as graças incomparáveis que concedeu a Maria, principalmente por tê-la escolhido para sua Mãe digníssima, escolha feita neste mistério (…) conforme a bela oração de tantos homens célebres:

‘Ó Jesus vivendo em Maria, vinde e vivei em nós, em vosso espírito de santidade’.

Este modo de falar [‘escravidão de Jesus em Maria’] patenteia ainda mais a união íntima entre Jesus e Maria.

Tão intimamente estão unidos, que um é tudo no outro: Jesus é tudo em Maria, e Maria é tudo em Jesus.

Ou melhor, Ela já não existe, mas Jesus somente n’Ela, e antes se separaria do sol a luz, do que apartar Maria de Jesus.

É assim que se pode chamar Nosso Senhor ‘Jesus de Maria’, e a Santíssima Virgem Maria de Jesus.”

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