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No ano de 1264, chega a Bolsena, pequena cidade do estado pontifício…
Um outro milagre que é mais eloquente ainda;
E que levou o Papa Urbano IV a instruir a festa de a procissão solene do Santíssimo Sacramento, que ficou bastante conhecida.
Um sacerdote, celebrando a Missa na Igreja de Santa Cristina, pára, após a consagração, por uma dúvida culpável sobre a presença real.
De repente, o vinho consagrado toma forma e a cor de sangue:
Efervescente, sobe além das bordas do cálice, cobre o corporal com largas gotas do sangue, e cai até sobre o mármore dos degraus do altar…
O sacerdote fugiu com pavor.
A noticia do que ocorreu corre todos os lados, e, após ter sido verificada;
Corre-se para avisar o Sumo Pontífice, que não estava longe de lá, em Orvieto.
O Papa envia um delegado e vários outros Prelados para constatar as coisas;
E uma procissão solene, na qual toma parte todo o povo, leva à Catedral de Orvieto este corporal divinamente cheio de sangue, que ainda hoje é venerado.
Ele é conhecido em toda a Itália sob o nome de Sacro Corporale, e é guardado em um
magnífico relicário.
As gotas de sangue, um pouco apagadas pelo tempo, apresentam, ao menos as maiores, o perfil da cabeça do Salvador.
As pedras coloridas pelo sangue milagroso foram igualmente separadas;
E os fieis as podem ainda venerar na pequena cidade de Bolsena, na própria Igreja onde se operou este prodígio.
Raphael escolheu o milagre de Bolsena como tema de um de seus mais belos afrescos nas Stanze do Vaticano.
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Fonte: Livro “A Presença real e os Milagres Eucarísticos” de Mons. de Ségur.
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