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Santo Aleixo nasceu em Roma, e era o único filho de uma família cristã rica e caridosa.
Seu pai era um patrício romano de nome Eufêmio e sua mãe chamava-se Aglais. Ele viveu durante o reinado do imperador Teodósio, o Grande, em 380 d.C.
Desde jovem desejava deixar o luxo e servir humildemente a Deus, porém seus pais já haviam organizado seu casamento, como era de costume na época.
Após casar-se, durante sua noite de núpcias, antes de consumar o casamento, Santo Aleixo entregou um anel à sua noiva, dizendo-lhe “Guarde este anel e reze a Deus para que Ele esteja sempre conosco e Sua Graça nos traga uma nova vida”;
E partiu da casa de seus pais em segredo em direção a Edessa.
Lá ele vendeu tudo o que tinha, distribuiu seu dinheiro aos pobres e viveu em mendicância por 18 anos, vivendo da caridade dos religiosos da igreja local, sempre rezando e participando da vida sacramental da Santa Igreja.
Como era um homem de virtude e santidade, muitas pessoas vinham lhe procurar.
Posteriormente deixou Edessa, não desejando atrair fama ou reconhecimento para si. Sua intenção era ir até Tarso, para ficar na igreja de São Paulo.
O retorno à casa dos pais.
Porém, o navio onde ele viajara foi desviado de sua rota por fortes ventos, e ele acabou aportando em outro local. Aleixo decidiu então retornar à casa de seu pai, porém, após tantos anos, estava irreconhecível.
Eufêmio lhe deu um quarto próximo à entrada da casa, onde ele passou o resto de seus dias.
Novamente na casa de seus pais, o santo continuava a jejuar e passava dia e noite em oração. Ele sofria troças constantes dos empregados, e as aceitava humildemente, sem reclamar.
Além de tudo, seu quarto ficava próximo da janela do quarto de sua esposa, e seu choro lhe trazia muita tristeza. Apenas com sua fé e constante oração ele pode aguentar suas provações.
Quando estava próxima a hora de sua morte, ele pediu um pergaminho e escreveu uma carta contando quem era e quem eram seus pais, pedindo perdão a eles a à sua esposa.
No dia de sua morte, Deus falou ao bispo de Roma, Inocêncio (402-417) durante a Liturgia, citando São Mateus 11:28 e dizendo “Encontre na casa de Eufêmio o homem de Deus que partiu para a vida eterna, e peçam-lhe para rezar por esta cidade.”
O bispo partiu à procura do “Santo Homem”, mas quando o encontraram na casa de seu pai ele já havia falecido.
Seu rosto exibia uma expressão de serenidade e suas mãos fechadas seguravam sua carta, que não pôde ser retirada por ninguém.
Após deitar seu corpo sobre uma cama e cobri-lo com tecidos finos, Dom Inocêncio e a família de Eufêmio ajoelharam-se, pedindo ao santo para que abrisse suas mãos, no que suas preces foram atendidas.
Ao ler a carta, todos se surpreenderam ao saber quem realmente era aquele mendigo tão humilde e bondoso.
Seu corpo foi então enterrado, com todas as honras, em Roma, na Igreja de São Pedro, sendo transladado em 1216 para a Igreja de São Bonifácio.
De seu túmulo até hoje escorre óleo de mirra, cujas propriedades milagrosas já curaram as doenças de inúmeros fiéis.
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Fonte: www.ecclesia.com.br
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