Criação, Queda e Redenção da humanidade. Leia este poema de Sta. Catarina de Sena.

bondade de Deus
Santíssima Trindade, por Pieter Coecke Van Aelst (1502 – 1556)

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Ó Deidade, Deidade, inefável Deidade! Ó bondade suprema!


U
nicamente por amor, nos fizeste à tua imagem e semelhança.

Ao criar o homem, não disseste “Faça-se”, como ocorrera com as demais criaturas, mas “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gn. 1, 26) para que, Amor inefável, toda a Trindade concordasse.
A memória é figura de Ti, Pai eterno: como reténs e conservas todas as coisas, deste a memória ao homem, a fim de que ele retivesse e conservasse tudo aquilo que a inteligência vê;

Entende e conhece da tua bondade infinita; com isso o homem participa da sabedoria do teu Filho unigênito.

Deste ao homem a vontade, como figura da clemência do Espírito Santo; qual mão poderosa do teu amor, ela se ergue para apanhar tudo quanto a inteligência conhece do teu Ser inefável.
Assim, estando a vontade cheia do teu amor, o mesmo acontece com a memória.


Gratidão, gratidão a Ti, excelsa e eterna Deidade, pelo amor revelado ao concederes tal semelhança à alma:

Inteligência para conhecer, memória para reter e conservar, vontade para possuir-Te acima de tudo.


Ó bondade infinita, como é racional que, ao Te conhecer, o homem Te ame.


Ame com um amor tão vigoroso, que demônio ou criatura alguma pode destruir, sem o consentimento da vontade. E envergonhe-se a pessoa que, conhecendo o teu amor, não Te ama.


Ó Deidade eterna, amor sem preço! Após cairmos no horror do pecado, quando nosso pai Adão, por maldade e fraqueza Te desobedeceu, Tu, ó Pai, com amor e compaixão olhaste para nós;

Míseros e infelizes, e enviaste o teu Filho unigênito, Palavra encarnada e revestida de nossa condição mortal.
E Tu, Jesus, nosso reconciliador, restaurador e redentor, Te tornaste mediador, palavra e amor. Da grande guerra, que o homem mantinha contra o Pai, fizeste uma imensa paz.


Puniste em teu corpo nossas maldades e a desobediência de Adão, fazendo-Te obediente até a vergonhosa morte na cruz.


Bondoso e amoroso Jesus! Com um único golpe deste a reparação à injúria feita ao Pai e ao nosso pecado, pois tomaste sobre Ti a vingança da ofensa ao Pai.

Pequei, Senhor, tem compaixão de mim.

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Fonte: “As Orações” de Santa Catarina de Siena.

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