
.
M. – De sorte são todos aqueles que acreditam no grande bem da confissão…
E se servem dela, impedindo assim a própria perdição;
Enquanto que é bem diferente o caso da infeliz de quem lhe vou falar.
São Leonardo de Porto Maurício, acode à cabeceira de uma moribunda, acompanhado por um frade leigo.
Depois de confessada a doente, o padre sai sossegado, e;
Reunindo-se ao companheiro que o esperava no quarto vizinho, apronta-se para sair, quando este, muito triste e assustado lhe diz:
— “Padre Leonardo, o quê significa aquilo que eu vi?”
— O que é que você viu?
— Eu vi uma mão horrendamente negra que vagava pela antecâmara;
E, assim que o senhor saiu ela entrou, rápida como um raio, no quarto da doente.
Diante de tal história São Leonardo volta para trás, torna a entrar no quarto e oh!
Que cena terrível.
Aquela mão negra estrangulava aquela desgraçada que, com olhos fora das órbitas, e a língua caída, morria gritando:
“Malditos sejam os sacrilégios… Malditos sejam os sacrilégios…”
D. — Oh, Padre, então é mesmo verdade que as confissões mal feitas são a causa principal da perdição!
M. — Por conseguinte, guerra à mentira e sinceridade absoluta na confissão.
.
.
Fonte: Do livro “Confessai-vos bem” do Rev. Pe. Luiz Chiavarino.
.
.
* * *
.
.