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No segundo livro dos Reis encontramos o seguinte episódio:
O rei Davi determinara transladar a Arca para a cidade onde ele residia em meio de grandes e jubilosos festejos do povo.
Para isso colocaram-na em um carro de bois, ricamente adornado para tal fim.
Sucedeu, porém, que os bois a certo ponto pararam e aos coices fizeram a Arca tombar de um lado.
Ora, um levita, que ia ao lado do carro, levantou a mão para sustê-la. Imediatamente a ira divina fulminou-o e o levita caiu morto no mesmo lugar.
D. — Coitado! O que havia na Arca?
M. — Na Arca Santa, além das tábuas da Lei e a vara de Arão, se achava um vaso com Maná símbolo da Eucaristia.
Isso serve para advertir-nos de que não devemos consentir que almas indignas recebam o adorável Sacramento da Eucaristia.
São Paulo recorda esta semelhança da Eucaristia com a Arca santa, quando diz que nos primeiros tempos da igreja eram castigados muitos cristãos com enfermidades e até com a morte por se haverem atrevido a comungar indignamente.
D. — Atualmente não temos exemplos de semelhantes castigos?
M. — Temos muitíssimos.
Ouça o seguinte: Uma senhorita de dezesseis anos havia passado a noite dançando. Pela manhã seguinte foi atrevidamente comungar a fim de encobrir sua falta perante o vigário e suas colegas.
Pobrezinha! Apenas voltara ao banco, sentiu um calafrio e um desarranjo interno seguidos de vômitos que;
A fizeram lançar fora a sagrada Partícula e tudo quanto havia ingerido e por fim até as próprias entranhas.
Só se pode servir a um Senhor
D. — Coisa horrível! Com Deus verdadeiramente não se brinca. Por isso procurarei comungar sempre dignamente, com o maior respeito e reverência a tão grande Sacramento.
M. — Muito bem! Esse é o propósito que todos deveriam fazer. Comungar sempre com as devidas disposições possíveis, com os melhores sentimentos de piedade e devoção de que é capaz.
D. — E que hão de fazer os que mesmo querendo não conseguem ter essa piedade e devoção?
M. — Para muitos será suficiente a fé interna e os esforços que fazem para manter-se em graça; outros suprem essa falha com o cuidado em evitar as faltas veniais.
O que Jesus detesta são os desgraçados maliciosos, os indiferentes, tíbios e, sobretudo, aqueles que pretendem servir a dois senhores, ser cristãos ou pagãos, crentes e liberais, bons e maus, castos e desonestos.
D. — Aqueles enfim, que cantam para espantar os próprios males, não é, Padre?
M. — Isso mesmo: Mas chegará o dia da Justiça Divina.
Dia em que lhes será tolhida a venda dos olhos e aparecerão claros e diáfanos todos os sacrilégios cometidos.
Que confusão e vergonha não experimentarão todos os que profanaram a Pessoa adorável de Jesus Cristo na Eucaristia.
Agora Jesus se oculta e permanece caladinho, mas naquele dia aparecerá em todo seu poder e majestade como um Juiz rigoroso.
D. — Basta, basta, Padre, já estou com medo…
M. — Oxalá! Ficassem com medo todos os indignos, os traidores, os miseráveis sacrílegos… Jesus na sua infinita bondade lhes conceda conhecimento, temor e conversão.
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Fonte: Livro “Comungai bem” do Rev. Pe. Luiz Chiavarino.
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Uma resposta
Eu também sempre achei que é um pecado muito grave colocar a hóstia nas mãosdas pessoas, mas como fazer se na minha paróquia o próprio padre e os ministros da Eucaristia teimam em entregar a Hóstia Sagrada nas mãos dos fiéis na hora da Comunhão?!