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A Quarta Grande Revelação.
A Quarta Grande Revelação ocorreu em 1675, muito provavelmente entre os dias 13 e 20 de junho.
É um convite ao heroísmo na retribuição ao amor manifestado por Cristo aos homens, que também pede aqui o culto público.
A Santa assim descreve essa Revelação:
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“Certa vez, estando diante do Santíssimo Sacramento no dia de sua oitava, recebi de meu Deus graças excessivas de seu amor e;
Me senti tocada do desejo de Lhe devolver de alguma forma, e retribuir amor por amor”.
Nosso Senhor afirmou-lhe então:
“- Tu não podes me ser mais grata do que fazendo o que já tantas vezes te pedi”.
A seguir lhe mostrou Seu Coração divino, dizendo-lhe:
“- Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor.Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões;
Pelas suas irreverências e sacrilégios, e pela frieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia.
Entretanto, o que me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim”.
“- Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para honrar Meu Coração, comungando neste dia;
E O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto nos altares.
Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.
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A Grande Promessa
Além das quatro grandes aparições é conveniente uma palavra sobre a chamada Grande Promessa do Sagrado Coração;
Que está contida numa carta, provavelmente de maio de 1688, de Santa Margarida Maria à Madre de Saumaise, sua antiga superiora:
Escreve a Santa:
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“Numa sexta-feira, durante a Santa Comunhão, Ele disse à sua indigna escrava, se ela não se engana:
– Eu te prometo, na excessiva misericórdia de Meu Coração, que Seu amor todo-poderoso concederá a todos aqueles que;
Comungarem consecutivamente nas nove primeiras sextas-feiras dos meses, a graça da penitência final;
Não morrendo na minha desgraça e sem receber os sacramentos, (Meu Coração divino) se tornando seu asilo seguro no último momento”.
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A cláusula “se ela não se engana” não indica dúvida quanto à autenticidade do que transmite.
Fórmulas assim eram frequentes em Santa Margarida, devido à sua grande humildade e;
Ao hábito virtuoso de submeter suas comunicações místicas a superiores e confessores.
Ela só passava a acreditar nelas depois da palavra confirmatória deles. É, aliás, o conselho que a Igreja dá aos místicos, por causa do grande perigo de engano nestas matérias.
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Fonte: “O estandarte da vitória: A devoção ao Sagrado Coração de Jesus e as necessidades de nossa época” de Péricles Capanema Ferreira e Melo.
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