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Que coisa mereceu a Maria Santíssima a honra de sua Ressurreição antecipada?
Podem-se indicar duas coisas principais: sua maternidade divina e sua pureza imaculada.
1° Sua maternidade divina:
Depois de ter notado que não convinha que o Salvador deixasse no tumulo o corpo virginal de sua Mãe, um corpo do qual o dele fora formado, uma carne que era a sua própria, Santo Agostinho acrescenta:
“Não, aquela que deu à luz seu Salvador, e o Salvador de todos, não foi condenada, depois da morte, à humilhação comum da podridão, dos vermes e do pó.”
2º Sua pureza imaculada:
Aquela, cuja virgindade se conservou sem mancha… conserva intacto, sem dissolução, seu corpo privado de vida terrestre;
Mas sairá gloriosa do tumulo para gozar de uma vida sublime que a morte não atingirá, e há de durar nos séculos dos séculos.
Admirai, cristãos, exclama Bossuet, as belezas desta carne virginal, e contemplai três maravilhas que a Santa virgindade exerce sobre ela:
A santa virgindade preserva-a da corrupção e assim lhe conserva o ser. A santa virgindade, dá-lhe uma influencia celeste que a faz ressuscitar antes do tempo, e assim lhe restitui a vida.
Enfim, a santa virgindade, espalha sobre seu ser uma luz divina e lhe dá a gloria.
Pôde-se acrescentar que esta ressurreição era o complemento necessário do triunfo de Maria.
“O sacratíssimo corpo de Maria, diz ainda Bossuet, trono da Castidade, templo da Sabedoria incarnada, órgão do Espirito Santo, sede da virtude do Altíssimo, não ficou no tumulo;
Pois que o triunfo de Maria seria imperfeito se sua santa carne, que fora como que a fonte de sua gloria, experimentasse a humilhação do tumulo.”
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Fonte: “Maria ensinada à Mocidade ou Explicação do Pequeno Catecismo de Nossa Senhora” – Vários Autores.
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