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Rita nascera e crescera na povoação alpestre de Rocca Porena, à pequena distância de Cássia;
Mas os monges agostinianos, que tinham seu mosteiro nesta cidade, se haviam espalhado pelos arredores e alguns viviam em grutas para santificar sua alma.
Entre estes, a história nos lembra o bem-aventurado João, dos duques de Chiavano, que, depois de ter recebido o hábito religioso aí por 1320;
Se retirou durante 25 anos no eremitério de Santa Eufémia de Atino e aí morreu em odor de santidade por volta de 1350.
Lembra-nos igualmente o bem-aventurado Ugolino, agostiniano de Cássia, morto também em odor de santidade no eremitério de Santa Maria de Castellano.
Esses eremitas exerciam, sem dúvida alguma, salutar influência nas almas simples e boas, e acreditamos que as pessoas que por aí viviam;
Deviam visitá-los para lhes pedir conselho e deles receber o conforto e as normas da vida cristã.
Santa Rita que, desde criança, havia aspirado à vida perfeita, teria desejado imitá-los, mas, não podendo deixar seus velhos pais, isolou-se na casa paterna.
Para isso escolheu, com o consentimento de seus pais, um quartinho afastado, transformando-o em oratório que adornou com as imagens da Paixão e aí se encerrou como num lugar de delícias.
Ela aí que esperava o Divino Esposo que vinha falar ao seu coração.
Em tal estado de alma, qual não deve ter sido o terror da piedosa menina, quando seus pais lhe falaram em casamento!
De seus lábios não podia sair uma recusa categórica porque estava acostumada a obedecer-lhes cegamente e não queria entristecê-los.
Mas podemos acreditar que foi mais com lágrimas que com palavras que Rita suplicou que a deixassem seguir sua vocação religiosa.
Ter-se-iam certamente deixado enternecer pelas suas ardentes súplicas se fosse outro o jovem que a pedira em casamento e ao qual eles a haviam de certo prometido.
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(Continua…)
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Fonte: “Santa Rita de Cássia” do Mons. Luís de Marchi.
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