
.
Maria concebeu seu Filho de modo totalmente puro, e foi também de modo totalmente puro que o deu ao mundo.
Não tendo participado do pecado de Eva, não participou da sua maldição, pois concebeu sem concupiscência e deu à luz sem dor.
Ao nascer dela, o Filho de Deus não rompeu o selo de sua virgindade, consagrando assim sua pureza virginal, e de inviolada a fez inviolável.
Este é o ensinamento da virgindade durante o parto, sobre o qual assim se exprime o Concílio de Trento:
.
“Se a conceição do Salvador está acima de todas as leis da natureza, também se dá ao mesmo com o seu nascimento, que é divino.
E o fato extremamente prodigioso, que ultrapassa todo o pensamento e toda expressão, é que Ele nasceu de sua Mãe sem prejudicar em nada sua virgindade.
Mais tarde Jesus saiu também do seu túmulo sem romper o selo que o mantinha preso, e com as portas fechadas entrou na casa em que estavam seus discípulos.
Para limitar nossas comparações aos fenômenos comuns, sem romper o selo da virgindade, Jesus Cristo saiu do seio de sua Mãe;
Assim como os raios do sol atravessam o cristal, sem o romper nem danificar, porém o fez de forma ainda mais maravilhosa.
Honramos nela, com toda razão, uma perpétua virgindade e uma integridade perfeita.
Esse privilégio inaudito foi obra do Espírito Santo, que dessa forma a assistiu na conceição e no parto de seu Filho, comunicando-lhe a fecundidade da Mãe e conservando-lhe a integridade da Virgem”.
.
.
Fonte: “Maria Santíssima: como a Igreja ensina” do Rev. Pe. Émile Neubert.
.
* * *