Continuação do post: Você já se perguntou o porquê? Por que Maria Santíssima ama tanto a Humanidade? Aqui está a resposta: (Parte I)
Além disso, nossa Mãe ama-nos muito, porque lhe fomos entregues por filhos pelo seu amado Jesus.
Isto aconteceu quando, antes de expirar, lhe disse: “Mulher, eis o teu filho”, indicando-lhe na pessoa de São João a todos os homens, como já acima dissemos.
Foram estas as últimas palavras que lhe dirigiu o Filho. As últimas instruções, porém, deixadas por entes queridos na hora da morte, muito se estimam, e jamais se riscam da memória.
De mais a mais somos filhos muito queridos de Maria, porque lhes custamos muitas dores. Em geral, as mães têm mais predileções pelos filhos, cuja vida mais trabalhos e mais dores lhe custou. Somos nós como estes filhos de dores.
Pois Maria obteve nosso nascimento para a vida da graça, oferecendo à morte, ela mesma,
a amada vida do seu Jesus, consentindo em vê-lo expirar diante de seus olhos, à força de
seus sofrimentos.
Desta grande imolação de Maria nascemos então nós à vida da divina graça.
Somos-lhe por conseguinte filhos mui queridos, porque lhe custamos
muitas dores.
Do Eterno Pai diz o Evangelho que amou os homens a ponto de por eles entregar à morte seu Filho Unigênito (Jo. 3, 16). O mesmo também, diz São Boaventura, se pode dizer de Maria: Tanto amou os homens, que por eles entregou seu Filho Unigênito.
E quando foi que a nós o entregou? Deu-o, diz o Padre Nieremberg, quando lhe concedeu licença para entregar-se à morte. Deu-o, quando não defendeu a vida de seu Filho perante os juízes, deixando os outros de a defender ou por ódio ou por temor.
Pois com certeza as palavras de tão sábia e desvelada Mãe teriam causado grande impressão, pelo menos sobre o espírito de Pilatos. E ele não ousaria condenar à morte um homem, do qual ele próprio reconhecera e declarara a inocência.
Mas, não; Maria não quis dizer nem uma só palavra a favor do Filho, por não impedir a sua morte, da qual dependia a nossa salvação. Deu-o, finalmente, milhares de vezes, naquelas três horas, em que ao pé da cruz lhe assistiu à morte.
Então com suma dor e intenso amor para conosco, estava sacrificando por nós a vida de seu Filho.
E era-lhe tanta a constância, que, se então faltassem algozes, ela mesma o crucificaria para obedecer à vontade do Eterno Pai, que decretara aquela morte para a nossa salvação. Assim discorrem Santo Anselmo e Santo Antonino.
Já em Abraão vemos um semelhante ato de fortaleza, querendo sacrificar o filho com as próprias mãos. Ora, devemos crer certamente que com maior constância o teria executado Maria, mais santa e mais obediente que Abraão.
Um amor que nos obriga a amar
Mas voltemos ao nosso assunto. Qual não deve ser a nossa gratidão para com Maria Santíssima por tanto amor, por tanto sacrifício que fez da vida do Filho, com tão grande dor sua, a fim de nos alcançar a salvação?
Largamente remunerou o Senhor a Abraão o sacrifício que quis fazer-lhe do seu Isaac. Mas nós, que poderemos dar a Maria pela que nos deu do seu Jesus. Filho muito mais nobre e amado que o filho de Abraão?
Este amor de Maria muito nos obriga a amá-la, observa São Boaventura. Pois não vemos como ela nos amou mais do que todas as criaturas, como entregou por nós seu Filho único, a quem amava mais do que a si mesma?
Daí resulta um outro motivo do amor da Virgem para conosco.
É que ela sabe que somos o preço da morte de Jesus Cristo. Quanto não estimaria a um servo a mãe que o soubesse resgatado por seu filho querido, a preço de vinte anos de penoso cativeiro!
Bem sabe Maria que o Filho não veio à terra senão para salvar-nos, como ele mesmo protestou: Eu vim salvar o que tinha perecido (Lc. 19, 10). E para salvar-nos despendeu até a própria vida, fez-se obediente até a morte na cruz.
Se Maria nos amasse pouco, mostraria que pouco amava o sangue do Filho, que é o preço da nossa salvação.
Foi revelado a Santa Isabel da Hungria que a Virgem, durante sua estadia no Templo, toda se entregava em rogar a Deus se dignasse a apressar a vinda de Jesus Cristo.
Ora, tanto maior devemos julgar seu amor para conosco, depois que viu quanto valemos para seu Filho, que se dignou resgatar-nos por um preço tão elevado.
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Fonte: retirado do livro “Glórias de Maria” de Santo Afonso de Ligório.
2 respostas
Sempre rezo o terço pela paz do mundo e das familia.
Nossa Senhora deixou-nos a “arma” para nos defendermos O Terço do Rosário! Em todas as Aparições Maria disse: “Rezem o Terço do Rosário todos os dias pela salvação do Mundo! Agora está tudo nas nossas mãos, Maria mostrou-nos a nossa Salvação e a Salvação do Mundo!