Santo Antônio Maria Claret
No decorrer de quatro meses que duraram os tremores da terra, houve alguma trégua.
Em certos dias, porém, registraram-se cinco abalos. Mandei erguer uma capela de taboas coberta de lona, junto do mar, e lá, em todas as manhãs, ia em procissão com os cônegos e sacerdotes disponíveis. Depois das ladainhas, cantava-se missa votiva, com boa frequência de autoridades
e populares.
Aproveitei essa ocasião para pregar-lhes, e lhes dizia:
“Deus tem feito como uma mãe faz com o filho dorminhoco: sacode-lhe a cama para o acordar e obrigar a levantar-se”. Foi o que o Senhor se
dignou revelar-me.
Houve entre os ouvintes quem não gostasse. E dizia-lhes mais: “Quando os filhos não atendem, vêm-lhes algumas palmadinhas corretivas”.
Aí é que não gostaram mesmo e até me criticaram. Mas, algum tempo passado, começaram a aparecer sintomas da peste, a cólera-morbo. E veio de maneira espantosa. Houve ruas completas em que morreram todos os habitantes em dois ou três dias.
Muitas pessoas que não tinham participado da santa missão acorriam às confissões, temerosas, julgando essas epidemias um aviso de Céu. Pelo sim, pelo não, muitíssimas conversões aconteceram.
Durante a epidemia, todo o Clero portou-se muito bem, dia e noite, a todos atendendo com dedicação exemplar. A todos socorriam corporal e espiritualmente, como bons samaritanos.
Só um padre morreu de peste no serviço da caridade. E especificamente este foi o pároco do Cobre, Pe. Francisco Veja.
Já atacado pela doença ao ser chamado para um enfermo que se encontrava muito mal, correu a atendê-lo dizendo: “Prefiro morrer a deixar de atender a quem me chama”. E, ao voltar, ficou acamado e logo depois morreu.
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Fonte: retirado da autobiografia de Santo Antônio Maria Claret.
2 respostas
Quero bênção para meu filho , que completará no dia 16 de marco ,12anos que Jesus abençoe seus estudos e seja um filho obediente ,e saúde pra meus pais … amem
tudo é valido desde que feito na hora certa com fé e amor sem exageros