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Continuação do post: “Breves sorrisos e novas lágrimas” – Conheça o fato mais marcante da vida de Sta. Rita: (Parte II)
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Mais que em si própria pensava ela na alma de seu marido, comparecendo repentinamente ao tribunal de Deus, após uma vida
de violentas paixões.
Pensava nas consequências que poderia ter esse triste acontecimento no coração de seus filhos.
Embora educados com muito cuidado por esta santa mãe e afastados quanto possível das más companhias, tinham crescido numa época de pilhagens e tinham respirado o ar envenenado das discórdias internas, do ódio.
Levados para casa e em seguida para a igreja por mãos piedosas os despojos mortais de Paulo tiveram, graças aos cuidados de sua esposa, dignas exéquias e Santa Rita multiplicou ainda suas orações e penitências em sufrágio da alma de seu marido.
Praticou ainda o ato heroico de perdoar de todo o coração aos assassinos. Por causa desse ato heroico, dignou-se Deus revelar-lhe que estava salva a alma dele.
Refeita da primeira impressão causada pela morte de seu marido, a piedosa mulher concentrou toda solicitude em seus dois filhos, cujas inclinações e disposições estudava cada vez mais profundamente.
Eram ainda muito jovens, mas ao olhar experiente da mãe não podia passar despercebidos certos sintomas; talvez algumas palavras lhe revelassem ideias de vingança.
Certamente as boas palavras e os exemplos de sua mãe poderiam influir favoravelmente em seus corações, entretanto mais poderosa ainda é a graça divina que Santa Rita implorava com lágrimas e ardentes preces.
Entretanto não pôde manter sempre encerrados os filhos; tinham de sair para os trabalhos de casa e, fora, ouviam forçosamente outras palavras, viam outros exemplos e foram provavelmente excitados à vingança.
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Muitas vezes consegue a força do mal abafar a do bem.
Chegou o momento em que Santa Rita percebeu que seus filhos não mais a escutavam com a mesma docilidade e que a voz do sangue os arrastaria mais tarde ao mal.
A mãe, que tomara mais a peito a salvação de suas almas que a de suas vidas, quando se viu em tal situação, tomou uma resolução heroica e pediu a Jesus Crucificado que levasse seus filhos inocentes, se fosse humanamente impossível evitar que se tornassem criminosos.
Foi verdadeiramente um ato heroico para uma mãe que em pouco tempo perdera seus pais, seu marido, e que tinha concentrado todas as suas feições terrenas em seus dois filhos.
Mas tudo é grande nesta mulher quando se trata da dor. Jesus a queria só para si e desatava, um a um, todos os laços que a prendiam à terra.
Um após outro, caíram doentes os meninos e Rita os tratou com máximo cuidado, velando para que nada lhes faltasse, procurando todos os remédios necessários para lhes conservar a vida, mesmo à custa dos maiores sacrifícios.
“Mas, não havia ela pedido a Jesus que os levasse?”
E verdade, mas não era ela que os devia deixar morrer. Sabia que era seu dever socorrê-los e queria cumprir generosamente esse dever.
Os meninos morreram, com pequeno intervalo, um após o outro, cerca de um ano depois da morte de seu pai.
Santa Rita colocou os despojos dos meninos perto de seu marido e ficou só no mundo; só, mas com seu Deus; só, mas livre.
A este mundo que, sob algumas rosas, esconde tantos espinhos; que, sob o manto da civilização, esconde ainda tanta barbárie; que, ao lado das práticas religiosas, deixa subsistir instintos tão pagãos e ferozes, Santa Rita disse: “Adeus!”.
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Deus escuta os rogos de Santa Rita!
Peça para ela a graça mais urgente da sua vida, com esta Novena.
Clique na imagem abaixo e veja como recebê-la:
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Fonte: retirado do livro “Santa Rita de Cássia” de Mons. Luís de Marchi.
Uma resposta
Onde você constrói a sua fé? Sobre a rocha firme que nada abala, ou sobre a areia que qualquer turbulência leva embora?