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Plinio Corrêa de Oliveira
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Continuação do post: Maria Santíssima é a Obra Prima da Criação… Por quê? Descubra aqui:
(Parte II)
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Santuário da Santíssima Trindade
Continuemos o tópico:
“Maria é a Mãe admirável do Filho, a quem aprouve humilhá-la e ocultá-la durante a vida para lhe favorecer a humildade, tratando-a de mulher – “mulier”(Jo 2, 4; 19, 26) – como a uma estrangeira, conquanto em seu coração a estimasse e amasse mais que a todos os anjos e homens”.
São Luís Grignion desenvolveu neste parágrafo a ideia de que, durante a vida, também Nosso Senhor a manteve ignorada; apenas Ele a conhecia.
“Maria é a fonte selada (Ct 4, 12) e a esposa fiel do Espírito Santo, onde só Ele pode penetrar”. Retorna aqui a ideia de Nossa Senhora como criatura reservada ao conhecimento de Deus.
“Maria é o santuário, o repouso da Santíssima Trindade, em que Deus está mais magnífica e divinamente que em qualquer outro lugar do universo, sem excetuar seu trono sobre os querubins e serafins”.
Sabemos que os anjos da guarda ocupam os graus inferiores na hierarquia celeste.
Tendo certa vez aparecido a uma santa o seu anjo da guarda, ela ajoelhou-se, pensando estar na presença do Altíssimo.
A grandeza dos anjos é tal que, no Antigo Testamento, em várias aparições, os homens julgavam que fossem o próprio Deus. E no céu há miríades de anjos.
Em que assombro ficaríamos, se os víssemos a todos e ao mesmo tempo! Nossa Senhora, contudo, está acima de todos eles reunidos.
Assim, diante de sua insondável alma, nós nos deparamos novamente com termos imperfeitos de comparação. E o melhor que podemos dizer é que são totalmente insuficientes.
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Os Apóstolos dos Últimos Tempos:
Categoria de pessoas privilegiadas quanto ao conhecimento da Santíssima Virgem
“… e criatura alguma, pura que seja, pode aí penetrar sem um grande privilégio”. Existe pois uma categoria de criaturas privilegiadas que podem penetrar no conhecimento de Nossa Senhora.
Essas criaturas privilegiadas – São Luís Grignion no-lo explica – são aquelas a quem Deus dá, por liberalidade, o dom que o comum das pessoas não têm, de conhecer e praticar a devoção a Nossa Senhora do modo especial por ele ensinado.
E os “Apóstolos dos Últimos Tempos”, de que ele nos fala, terão esse dom.
Por isso serão terríveis no combate ao mal e eficacíssimos na defesa do bem. Serão almas elevadíssimas, que terão a graça de penetrar neste umbral da devoção a Nossa Senhora.
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Fonte: Comentários sobre o livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” (Excertos de exposições feitas pelo Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, em 1951)
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