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“Para fazer reinar Jesus Cristo no mundo, nada é mais necessário do que um clero santo, que seja, com o exemplo, com a palavra e com a ciência, guia dos fiéis”.
Estas são palavras que os Santos Padres não se cansam de repetir ao orbe católico;
Desde que foram pronunciadas, pela primeira vez, pelo papa São Pio X.
De fato, o testemunho de um bom sacerdote é capaz de arrastar centenas de fiéis à Igreja de Cristo;
Quer por meio da pregação;
Quer por meio da administração dos sacramentos;
Quer por meio da obediência às normas eclesiais, como o celibato.
A missão do sacerdote resume-se àquela regra máxima da Igreja, de que falam os santos:
Salus animarum suprema Lex – a lei suprema é a salvação das almas.
Por isso o Papa Bento XVI, na proclamação do Ano Sacerdotal, em 2009;
Exortou o clero católico a redescobrir a dimensão eclesial de seu ministério.
Somente na comunhão com a Igreja o sacerdote pode atingir aquela santidade necessária “para fazer reinar Jesus Cristo no mundo”.
Explica-nos o Papa Emérito:
“A missão é eclesial, porque ninguém se anuncia nem se leva a si mesmo, mas;
Dentro e através da própria humanidade, cada sacerdote deve estar bem consciente de levar Outro, o próprio Deus, ao mundo”.
Essa realidade não é desconhecida pelo diabo;
Tampouco por aqueles que fazem as suas vezes na terra, disseminando o joio no meio do trigo.
Não é para admirar, por conseguinte, que, no combate à Igreja, o primeiro alvo seja o sacerdócio.
“Quando se quer destruir a religião” – observava o santo Cura d’Ars –, “começa-se por atacar o padre”.
Com efeito, a primeira tentação demoníaca contra os sacerdotes é a de afastá-los da comunhão eclesial;
Incentivando-os à dissidência, aplaudindo hereges e ridicularizando aqueles que se submetem de bom grado à autoridade do Santo Padre.
Trata-se do primeiro non serviam demoníaco: o não à Igreja.
Os argumentos – ou, no caso, as mentiras – são os mesmos de sempre:
O celibato é transformado em símbolo de castração, que fere o direito à sexualidade e leva à pedofilia;
O hábito eclesiástico é tachado de indumentária antiquada, que afasta o clero do povo;
O padre passa a ser somente o “presidente” da celebração;
A obediência a Roma é considerada clericalismo;
As normas litúrgicas são suprimidas em nome de uma falsa criatividade;
O padre, é dito, não pode ficar preso a “regras de orações medievais”;
O padre não é sacerdote, mas presbítero;
Repetidas ad nauseam pela mídia – e por uma porção de maus teólogos que agem em conluio com ela;
Essas ideias perniciosas vão aos poucos minando a identidade do sacerdote;
Até ao ponto de levá-lo a proclamar o segundo non serviam do diabo: o não a Cristo.
Não é preciso gastar muita tinta, porém, para explicar os erros contidos nestes sofismas.
Muito mais sabiamente responderam os santos padres;
Vivendo a sua vocação de maneira exemplar;
Como também o Magistério da Igreja – seja nas encíclicas papais, sejo nos outros inúmeros documentos já publicados a esse respeito.
O que é preciso ter em conta é que a luta que se trava contra o sacerdócio é, na verdade, uma luta contra a Pessoa de Jesus Cristo.
O padre, não nos esqueçamos, é um Alter Christus (Outro Cristo);
Dado o caráter impresso em sua alma pelo sacramento da ordem.
Por isso, é compreensível a raiva do diabo pela castidade dos sacerdotes;
“O mais belo ornamento de nossa ordem”, como elogiava São Pio X;
Pois ela remete à virgindade de Cristo, que também foi guardada até a morte na cruz.
É compreensível o ódio do diabo à batina negra;
A “heroica e santa companheira” de Dom Aquino Correa;
Porque o luto recorda o sacrifício redentor da cruz, pelo qual a morte foi vencida.
Enfim, não se há de esquecer a mediação de Nossa Senhora, mãe solícita dos sacerdotes e a inimiga de todas as heresias.
Na sua viagem a Fátima, em 2010, o Santo Padre não perdeu a oportunidade de confiar à Virgem, “os filhos no Filho e seus sacerdotes”;
Consagrando-os ao seu Coração Materno, para que cumprissem fielmente a Vontade do Pai.
Neste ato, o Papa Bento XVI ensinava ao clero do mundo inteiro que;
O melhor caminho de santidade e escudo contra o demônio é a intercessão de Nossa Senhora.
É também o ensinamento dum outro padre que, não por acaso, muito se assemelha às palavras de São Pio X, ao início deste texto:
“Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo”.
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Fonte: padrepauloricardo.org
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