Uma religiosa que conversava intimamente com o Sagrado Coração de Jesus
Sabemos todos que Nosso Senhor apareceu a Santa Margarida Maria e lhe deixou as 12 promessas.
Mas há outra religiosa que foi fundamental para o cumprimento dos desígnios do Coração de Jesus: a Beata Maria do Divino Coração.
A AMIGA DO SAGRADO CORAÇÃO
Nascida em Münster, Alemanha, no dia 08 de setembro de 1863 recebeu o nome de Maria Droste zu Vischering. Era gêmea com um irmão chamado Max.
Os seus pais, Clemente, conde Droste zu Vischering, e Helena, a condessa de Galen, se distinguiram pela sua fidelidade à Igreja durante a perseguição aos católicos alemães, chamada Kulturkampf.
Desde criança já se sentia atraída pelo Sagrado Coração de Jesus.
Em 1878, Maria escutou uma pregação sobre a passagem do Evangelho: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma” (Lc 10,27) e decidiu-se pela vida religiosa.
“ESPOSA DO MEU CORAÇÃO”
Entretanto, é no ano de 1883, na capela do Castelo de Darfeld, que ela ouve escutou uma locução interior de Jesus onde Ele lhe diz:
“Tu serás a esposa do Meu Coração”.
Ela, consternada, confusa e ao mesmo tempo inundada por Seu amor, exclama: “Que instante mais feliz! Esposa de Seu Coração! Mas como? Quando?”.
Em 1888 ingressou no Convento das Irmãs do Bom Pastor, cujo apostolado específico se realiza junto à juventude feminina marginalizada, depois de novamente ouvir, numa locução interior, a voz de Nosso Senhor que lhe disse:
“Tens de entrar no Convento do Bom Pastor”.
Recebendo o hábito branco da Congregação, no mesmo dia e hora que, na França, Santa Teresinha recebia o hábito carmelitano, Maria tomou para si o nome que se tornou seu programa de vida: Maria do Divino Coração.
O SAGRADO CORAÇÃO E MARIA DO DIVINO CORAÇÃO
A Irmã Maria passou apenas 5 anos no Convento de Münster sendo, logo depois, enviada a Portugal em 1894.
Assim que chegou a Portugal, entronizou na capela do Convento da sua congregação, uma imagem do Sagrado Coração de Jesus e promoveu essa devoção entre as irmãs.
Meses depois foi nomeada para o seu cargo definitivo: Madre Superiora do Convento das Irmãs do Bom Pastor do Porto. No Convento do Porto, Maria do Divino Coração tem profundas experiências místicas.
Numa dessas ocasiões, Jesus Nosso Senhor aparece à Irmã Maria e promete que faria resplandecer uma luz nova sobre o Mundo inteiro a partir do Seu Sacratíssimo Coração. Ele anuncia isso dizendo:
“Ao brilho desta luz, Povos e Nações serão reconfortados pelo seu calor.”
A CONSAGRAÇAO DO GÊNERO HUMANO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
Em 1897, o Sagrado Coração comunica à Beata Maria uma incumbência das mais solenes: dar a conhecer ao Papa Leão XIII que é Seu desejo que o gênero humano lhe seja consagrado.
Ela, então, escreveu ao Papa duas cartas, uma em junho e outra em dezembro de 1898, transmitindo o grande desejo que o Coração de Jesus lhe manifestara.
A leitura dessas cartas impressionou profundamente o Santo Padre. Leão XIII decidiu, então, consagrar todo o gênero humano ao Sagrado Coração de Jesus.
Para preparar o povo cristão para esse ato promulgou a Encíclica Annum Sacrum em 25 de maio de 1899.
Em 11 de junho deste mesmo ano, o Papa realiza solenemente a Consagração solicitada, atendendo ao pedido realizado pela Irmã Maria do Divino Coração.
A Irmã Maria do Divino Coração, entretanto, adormeceu no Senhor no dia 08 daquele mesmo mês, cumulada de graças e cheia de méritos.
Em 1964, a Irmã Maria do Divino Coração, condessa Droste zu Vischering, teve sua vivencia heroica das virtudes reconhecida pela Congregação para as Causas dos Santos e declarada Venerável .
E, no dia 1 de novembro de 1975, solenidade de Todos-os-Santos, foi beatificada pelo Papa Paulo VI.
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