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Santa Mônica foi educada na modéstia e na temperança, mais pelas suas próprias mãos do que por seus pais.
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Mas, sujeita a eles, logo que chegou à idade núbil, foi dada em matrimônio a um homem, a quem serviu como senhor.
Procurou conquistá-lo, falando-lhe com suas virtudes, as quais a tornavam bela e reverentemente amável e admirável ante olhos do marido.
Com tanta paciência suportou as infidelidades conjugais dele, que jamais tiveram a menor briga por isso, pois esperava que a misericórdia viesse sobre ele, e que lhe trouxesse, com a fé, a castidade.
Seu marido, se de um lado era sumamente afetuoso, por outro era extremamente colérico. Mas Santa Mónica tinha o cuidado de não contrariá-lo nem com ações, nem com palavras, se o visse irado.
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Logo que o via calmo e sossegado, oportunamente, mostrava-lhe o que havia feito, se por acaso se tivesse irritado desmedidamente.
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Muitas mulheres, embora tendo maridos mais calmos, traziam no rosto as marcas das pancadas que as desfiguravam. Conversando entre amigas, lamentavam a conduta dos maridos.
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Santa Mônica reprovava-lhes a língua e, como por gracejo, lembrava-lhes que, lembrando-se do compromisso matrimonial;
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Deviam considerá-lo como documento que as tornava servas, e portanto proibia-lhes de serem altivas com seus esposos.
Essas senhoras, que conheciam o mau gênio de seu marido, admiravam-se de que jamais ninguém tivesse ouvido ou percebido qualquer indício que Patrício maltratasse a mulher, nem sequer que algum dia tivessem brigado por questões domésticas.
E como lhe pedissem confidencialmente a razão disso, Santa Mônica expunha-lhes seu agir habitual, como expresso acima.
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Algumas punham-no em prática e davam-lhe graças; as que não a imitavam continuavam a sofrer humilhações e violências.
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A sogra de Santa Mônica, a princípio, irritara-se contra ela por causa dos mexericos de criadas malévolas.
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Mas Santa Mônica conseguiu conquistá-la com respeito, contínua tolerância e mansidão, que ela mesma, espontaneamente;
Advertiu o filho sobre as intrigas das criadas, que perturbavam a paz doméstica entre ela e a nora, e pediu-lhe que as castigasse.
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Ele, em obediência à mãe, para manter a disciplina familiar e a harmonia entre os seus, mandou açoitar as criadas que foram acusadas.
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Além disto sua mãe ainda prometeu a elas que esse era o prêmio que devia esperar quem, querendo agradá-la, lhe dissesse mal da nora.
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Ninguém mais se atreveu a fazê-lo, e viveram as duas, a sogra e a nora, em doce e memorável harmonia.
Santo Agostinho, dirigindo-se a Deus Nosso Senhor, faz a seguinte prece, à propósito de Santa Mônica:
“A esta tua boa serva, em cujo seio me criaste, ó meu deus, minha misericórdia, dotaste de outra grande virtude: a de intervir como pacificadora, sempre que podia, nas discórdias e querelas.
Daquilo que ouvia de queixas amargas, vomitadas com animosidade ressentida, quando na presença de uma amiga os ódios mal digeridos se desafogam em amargas confidencias a respeito de uma amiga ausente;
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Ela nada referia uma à outra, senão o que poderia servir para a reconciliação.
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Este dom me pareceria de pouca monta se uma triste experiência não me houvesse mostrado grande número de pessoas – por não sei que horrível contagio de pecados, espalhados por toda parte;
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Que não só revelam as palavras pesadas de inimigos irados, mas que ainda acrescentam coisas que não foram ditas.
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Quem fosse realmente humano, deveria ter em pouca conta ou não excitar nem fomentar as inimizades dos homens, e melhor ainda procurar extingui-las com boas palavras.
Assim era minha mãe, ensinada por ti, mestre interior, na escola de seu coração.
Por fim, conquistou para ti o seu marido, já no fim da vida, não tendo que lamentar no cristão o que havia tolerado no infiel.
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Conselhos dos Santos para Educar os Filhos
Acompanha as orações mais recomendadas
para você rezar pelos seus filhos e netos.
Ela era verdadeiramente a serva de teus servos, e todos os que a conheciam te louvavam, honravam, te amavam em sua pessoa, porque percebiam tua presença em seu coração, confirmada pelos frutos de uma vida santa.
Havia sido mulher de um só homem, cumprira sua dívida de gratidão para com os pais, governara sua casa piedosamente e dava testemunho com suas boas obras.
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Educara os filhos, dando-os à luz tantas vezes quantas os via apartarem-se de ti.
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E de nós, que nos chamamos teus servos por liberalidade tua, nós que vivemos em comum na graça de teu batismo, antes de adormecer em tua paz;
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Ela cuidou de nós como se todos fôssemos seus filhos, e de tal modo nos serviu como se fosse filha de cada um de nós”.
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